ba te ca be lo

Pra ler ouvindo: qualquer remix da Ladyhawke ou a nova da Madonna, Celebration.

O que pode ser mais libertador do que se jogar na pista? Ainda mais nos dias em que tudo deu errado, tentaram te tombar.. essas coisas. Você tá lá, montada, linda, glamourosa, colocada (ou não), pronta pra acabar com a buátchi. E se acabar de dançar. Como se não houvesse amanhã.

O clima favorece, as pessoas presentes, a iluminação, as batidas. Pode ser house, techhouse, tribal, electro, flashback, disco, o que vale é se jogar forte, bunita! Melhor ainda quando estamos com amygas queridas. E dane-se se tem gente olhando! Faça suas dancinhas, ferva, seja absurdinha, se quiser.

Claro que no final você vai estar descabelada, suada, a make meio derretida. mas vale, não vale? Os problemas desaparecem, o mundo fica melhor, a vida fica mais rykah.

Como diz Lady Gaga (divadivadiva): just dance.

Beijas!

Basfond

Basfond respeitável é aquele que envolve no mínimo, dois conhecidos e um completo estranho que sairá desta noite sem saber ao certo o que fez para sobreviver nem para merecer tamanha enrascada. Os conhecidos servem principalmente para que a história seja remontada do dia seguinte, unindo depoimentos e pontos de vista e, claro, como testemunhas caso os acontecimentos tenham consequências legais.

Recomendamos imprimir e guardar na carteira. Just in case...

Recomendamos imprimir e guardar na carteira. Just in case...

Um basfond propriamente dito deve ter uma duração mínima de seus efeitos de uma a duas semanas. Os resultados destes podem variar a um ou mais corações partidos até você ser banido de certa festa ou buatchy.

Um basfond bom mesmo é aquele que faz a tua fama na pista e que você ainda consiga rir no pós-basfond. Caso isso ainda não tenha acontecido com você, não há com o que se preocupar! Todo mundo tem seu dia de bafo. Ou o seu ainda não chegou ou você não anda bebendo o suficiente…

E o que fazer nestes casos? A primeira coisa é não fazer a penosa. Não houve óbito? Então relaxa. Um pedido de desculpas ou um leve sorriso amarelo geralmente resolvem a parada. Claro que em casos mais pesados evitar alguns lugares ou pessoas durante um tempo ajudam. E nunca se esqueça: nada como um basfond pior para que a galerinha esqueça seu vexame da noite passada.

E quem nunca cometeu o seu que atire o primeiro copo!

Ninguém mais aceita cheque hoje em dia

Pois bem, gente bonita. Se você tem se jogado nas compras, sabe que tudo é cartão de crédito nowadays. Ninguém mais aceita cheque. Bom, cheque é dinheiro, mas sempre tem caloteiro pra estragar nossa vida, néam? Mas nem é desse cheque de papel que vamos tratar aqui.

Sim, é o temido checão. Aquele que envergonha e nos lembra que temos merda na barriga como qualquer um. E o que uma HT tem a ver com isso?

Ora, meus amores, a gente tem que diversificar. O Dia dos Namorados tá aí e um dos melhores presentes que as rachas podem dar pros seus boys queridos é o edi. Tão cobiçado, campeão das cenas nos filmes pornôs HTs, ele pode proporcionar momentos realmente incríveis na vida de uma mulher.

O que acontece é que, no meio dessa modernidade toda, hipsters e jogação, quase todo bofe HT convive com um gay. Seja na buátchi, no trabalho ou amigo da mina dele (mina é fim, odeio), cada vez mais os meninos HT estão perdendo o medo – e o preconceito estúpido – e se enturmando. E quase todos já sabem o que é uma chuca (xuca, xuka, aloka!).

Portanto, rachaiada animada do Brasil, neste 12 de junho, faça a coisa bem feitinha. A gente sabe bem que é natural, faz parte da vida e tudo o mais. Mas não custa se precaver. Se acontecer um acidente e ele não se importar, parabéns, gata. Do contrário, ele pode ser um daqueles frescos, filhos de vó, e pegar nojinho.

Beijos!
E dê, dê mesmo!

A bicha truqueira (Pilantris Viadus)

Quem está na buatchy, sabe: bicha truqueira é o que mais tem por aí, não importa onde você se jogue. Seja no Gloria, seja na Danger o ecossistema está tomado desse tipo que, se não te fode na entrada, te fode na saída. E não meu bein, NOT IN A GOOD WAY.

A bicha truqueira é aquela que chega se fazendo de sua amiga de infância, bebe seu drink, flerta com seu boy, te gonga entre sorrisos e ainda sai falando de você na rodinha ao lado.

Mas não se sinta tão ferida, amiga magoada. Não é nada pessoal. Isso tudo é apenas o modus operante desse tipinho de caráter ralo e alma suja que infesta nossas festas, se debruça na gente nas fotos e que adora nos ligar na sexta de tarde sondando alguma lista vip pra VAI.

E você acha que as truqueiras possuem apenas hábitos noturnos? Não se engane, bee. Por que essa raça possui uma subespécie (Pilantris Viadus wihtlaseris) ainda mais perigosa e malemolente. Um tipo que não escolhe lugar, dia ou horário pra te tombar. E com essa gente, galere, o cuidado é redobrado.

A subespécie a que me refiro gosta mesmo de atacar no seu ambiente de trabalho. Seja este uma agência hypada ou a loja das Gêmeas. Fique atenta! Não dê mole, nem confiança. Manter um dos pézinhos atrás com gente que você mal conhece não é sinal de amargura, bee: é proteção! Até você saber quais são as intenções daquela “super amiga” que te entende, que te ajuda que te quer bem (e que você conheceu, tipos, ontem), nada de abrir o coração, a casa e nuito menos a carteira.

E mais: se a truqueira é sua colega de trabalho, triplique o cuidado. A bicha não vai pensar duas vezes antes de roubar suas ideias, tomar crédito pelo seu trabalho, roubar seu lanche ou te dedurar no RH dizendo que te viu saindo do dark-room d’A Lôca com o nariz todo branco.

Longe de mim assustar as bees e mandar todas se afastar dos grupinhos. Manter os amigos é ótimo mas, melhor ainda é reconhecer os inimigos. E uma vez identificado, o inimigo deve ser TOMBADO. Nem que pra isso você apele pra aquela amiga trava que adora um basfond e vai a-m-a-r destruir a reputação dessa bicha uó.

Fica a dica, ok?

Com amor,

Travys

L-L-Love

Olá bilus.

Bom, estou mega thrilled por voltar. Depois de quase um ano na fase tô estudando, tô me aperfeiçoando, voltei para ajudar você, bicha problemática, a viver a vida com menos problemas. Ontem à noite, entre um Lacan, um Jung e um boy, resolvi checar os e-mails e me deparo com um que me chamou a atenção. Vou compartilhar com vocês:

Querido Doctor Fucker,

Sou uma bee com alguma experiência na vida, mas me fodi loucamente por causa de um bofe. Eu o conheço há um tempo, desde a fase hetero dele. Descobri que ele era gay por acaso. Um dia fomos jantar para conversarmos sobre essa nova fase da vida dele. Na volta, no carro dele, rolou mãos entrelaçadas, olhares cumplices, e um tesão da porra. Resultado: um fim de semana inteiro trepando na casa dele. Mas eu soube depois, que ele tá fazendo uma outra bee, além de já ter namorado. Eu até cumpriria o papel de amante, mas, depois de um e-mail que passei dizendo que nunca mais queria ve-lo, ele sumiu. Até tentei voltar atrás, mandando outro, e dizendo que por mim tudo bem. Mas ele falou que um dia a gente se encontraria de novo. Sei que perdi o bofe, tô apaixonada, tá doendo muito e não sei o que fazer. Me ajuda?

–PintosaZN.

Pintosa, olha só…

Uma coisa te garanto, bicha: a vida é feita de encontros e desencontros. E, agradeça aos deuses, você viveu algo intenso, incrível e que poucas pessoas conseguem na vida. Quanto ao apaixonar-se, bom, é possível, e acredito que seu sentimento seja legítimo. Mas, vamos com calma:

1) Querida, às vezes as coisas acontecem num período de tempo. Talvez, seja só esse final de semana que vocês passaram juntos, e foi tudo o que poderia ser. NADA e NINGUÉM podem te garantir continuidade. Portanto, pegue esses bons momentos, guarde-os no coração e se alimente deles pra vida.

2) Bicha, assim… essa coisa de new queer on the block é complicado. O cara deve estar numa fase de querer trepar com metade do Brasil varonil, querer experimentar e ver qual é a de gostar de homem. Assim como sua paixão por ele, esse sentimento dele é legítimo também, e um direito dele.

3) Quanto ao namorado dele e o outro bofe… paciência. Pelo que sei, você os conhece, pois pertence ao mesmo grupo de amigos. O maior perigo disso é você entrar em um círculo vicioso de rancor e ressentimento. Ressentimento de sentir de novo, buscar motivos para se prender a esse afeto não correspondido e não se abrir (o edi) pra vida. Caia fora dessa rede de envenenamento. Não queira tentar se aproximar das outras duas para confirmar sua vitimite. Saia dessa. Foi o que foi. Foi bom? Ótimo. Vai acontecer de novo? Não sabemos. Portanto, relaxe, e NEXT!

Isso é a vida acontecendo. Não dá pra evitar a dor, não dá pra evitar o amor, nem as coisas ruins, nem as boas. O que dá pra evitar é prolongar o sofrimento. Não se apegue ao arquétipo da bicha sofrida, PELOAMOR… Você é mais que isso.

Beijo,

Doctor Fucker

We’re back, bitches!

Reavivamos o blog que, como uma fenix ensandescida, resolveu sair do ostracismo e tomar, de vez, essa tal  blogosfera brasileira, sempre tão caída, cafona e cheio de lugares-comuns. Em outras palavras: uma blogosfera hétero.

Com equipe reanimada e com muito amor pra dar, convidamos todas as amigas para acompanhar com a gente, essa aventura que será relatar nosso mundo, nossos amores, nossos pensamentos e aforismas.

Dito isso, vamos pra pista.

Com amor, com carinho

Travys

Ressaca? Nem confiança!

Qualquer bee adepta de uma boa jogación sabe que o dia seguinte é que são elas.

A gente se esforça pra estar todos os dias firmes e fortes. Pra siacabá na buatchy e de manhã conseguir ficar de pé, como se nada nem ninguém tivesse acontecido.

Mas bicha…vamucombiná. Sempre tem aquela gloriosa noite que uma jaca é pouca pra se meter o pé. A gente exagera nos drinks, mistura um gole de qualquer coisa com litros de tudo mais e pronto: nossa velha amiga ressaca chega ar-ra-san-do no dia seguinte.

E essa bee aqui que já é íntima de oliveira daquela sensação de quase-muerte está aqui pra te poupar (ou te resgatar, se for tarde demais) dessa biscate que é a dona Ressaca.

Uma bicha precavida vale por muitas outras que se jogam como se não houvesse amanhã. Fato: amanhã existe. E a gente bem sabe que dependendo da quantidade de Chandon consumida na noite anterior ou da procedência daquele drink escândalo que a Rita preparou especialmente pra você n’A Loca de ontem, a ressaca do dia seguinte vem, linda e poderosa e vai chegar em forma de dor de cabeça, náuseas e a promessa de nunca mais colocar uma gota de álcool na boca de novo. Pra isso não acontecer (ou acontecer em menor freqüência e intensidade, como no meu caso) fica aqui algumas dicas de bichas experientes na arte de sobreviver a porres monstruosos.

Se a noite já promete ser bombada e existe a possibilidade de um exagero ou outro nas quantidades alcoólicas, o melhor a se fazer é forrar o estômago com um lanche básico antes do esquenta.

Tá, a gente sabe que você ta fechando a boca pra manter a forma. Mas queridas, tem coisa pior que bicha caida na pista? E as amigas correndo com ela, carregada pra enfermaria pra tomar glicose? Não, não tem, galere. Pra esse tipo de vexame não acontecer, uma refeição leve, mas a base de carboidratos deve te prevenir de acabar beijando o chão da pista. E se isso acontecer,eu quero estar bem longe de você.

Outro truque bafo é a conhecida água. Beber bastante líquidos durante e depois da jogação vai te ajudar na desidratação.  E além disso, evitar aquela sensação horrorosa de dores abdominais. Prepare a garrafa de 2 litros, bee. Ela será sua melhor amiga no after.

Se comer antes te previne de cair e ser motivo de piada, um lanche pós-balada pode ser uma bela saída pra evitar o mal-estar. Por que você acha que a Bella Paulista lota de madrugada? Ninguém quer ir pra casa de barriga vazia e fazer a penosa de manhã. E desacuenda de contar calorias, bee! Depois a gente se mata de malhar. O importante aqui é neutralizar o álcool no seu corpo e manter a saúde e sanidade durante a ressaca.

Um truque pouco conhecido, é comer uma torrada queimada na manhã pós-balada. Não entendeu?  A gente explica: composto de carvão é uma eficaz forma de tratar pessoas intoxicadas por álcool. E a torrada queimada nada mais é que uma versão light desse procedimento. Incrível, néam?

Além dessas dicas, existem as lendas, truques e mandingas que a gente ouve mas que nem sempre funcionam: aspirinas, picolé de limão e até mesmo rebater o efeito bebendo mais um pouco de manhã. Se esses improvisos funcionam  a gente não garante. O risco de foder seu estômago é todo seu…

De resto essa bee jogada horrores só pode pedir moderação. Mas eu sei que é besteira e que vocês vão enxugar todas de qualquer jeito.

Tudo bem. A gente tá aqui pro dia seguinte.

Gay e Zumbi

Tempos atrás circulou um vídeo chamado Gay Zombie. Coisas de YouTube. É aquele tipo de spoof movie de humor hetero medíocre, que aquele sujeito barrigudo que trabalha no seu escritório, e que usa sapato caramelo com meias brancas, iria gostar. Foi feito por uns americanos caipiras (sorry pela redundância), e, nessa pérola do mau gosto, bichas-mortas-vivas vêm purpurinar toda uma população caipira norte-americana (redundância de novo). Dá um shufty num trecho da aberração:

É aquilo, bee: não bastasse o eterno pavor do simbólico da vagina dentata, alguns HTs temem eternamente os gays por conta de uma pretensa ameaça a não sei o que, e que sabe lá Deus de onde vem. Tipo, HELLO-OO, é muita pretensão a maioria deles achar que SEQUER merecem ser olhados, quiçá paquerados. Meucu.

Mas eis que surge um sopro para amenizar nossas feridas existenciais. Bruce LaBruce está de volta – loka, visceral, implacável. Coincidentemente o novo filme é sobre um zumbi gay e, sem querer, dá um belo tapa na cara desses ianques uós. E, claro, contém tudo aquilo que faz Bruce ser Bruce – sexo, alguns skinheads e absurdinhos. Com toques gore, Bruce propõe um novo olhar à nossa sexualidade.

Otto, de Bruce LaBruce

Otto, de Bruce LaBruce

Shufty o trailer de Otto:

O melhor de Bruce LaBruce é a capacidade que ele tem de recapturar o poder de desconstrução social que é inerente na sexualidade gay. A cada novo projeto, Bruce faz críticas à apropriação da viadagem pela cultura mainstream. Ou seja, ele desestimula caricaturas e estereótipos, pois sempre apresenta um novo olhar sobre o que é ser bee, assim como a cultura que criamos.

E, pelo que vimos no site, Otto voltará ao Brasil em novembro. Loka na espera.

Para começar, uma pergunta…

Que fim levaram todas as pintosas? Estão todas aqui, logo no primeiro post.

Andy Bell, do Erasure

Sylvester

Bronski Beat + Marc Almond

A gente gosta. A gente aprova.